segunda-feira, 23 de maio de 2016

Lya Luft

A vida é uma casa que construímos com as próprias mãos, criando calos, esfolando joelhos, respirando poeira.
Levantamos alicerces, paredes, aberturas e telhado.

Podem ser janelas amplas para enxergar o mundo,
ou estreitas para nos isolarmos dele.
Pode haver jardins, pátio, por pequenos que sejam, 
com flores, com balanços, para a alegria; ou só com lajes frias, para melancolia.
Vendavais e terremotos abalam qualquer estrutura, 

mas ainda estaremos nela, e ainda poderemos 
consertar o que se desarrumou.

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