quinta-feira, 28 de abril de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
Porto Seguro (Maria Valadas)
Tu és o meu bom porto seguro
Aquela mão que sempre acalma
És a concha onde eu murmuro
Segredos que me vão na alma!
Quão plácido, dás quanta ternura
Reflectes chispas onde aqueço
Ao observares-me com brandura
Num suspiro ténue eu adormeço!
Quero oferecer-te um mar de rosas
Em beijos ternos me salpicaste
E nele irei escrever singelas prosas!
Perpetuando a conciliação do momento
Mestre do meu quotidiano foste sagaz
Aprendiza fui na passagem do tempo!
Aquela mão que sempre acalma
És a concha onde eu murmuro
Segredos que me vão na alma!
Quão plácido, dás quanta ternura
Reflectes chispas onde aqueço
Ao observares-me com brandura
Num suspiro ténue eu adormeço!
Quero oferecer-te um mar de rosas
Em beijos ternos me salpicaste
E nele irei escrever singelas prosas!
Perpetuando a conciliação do momento
Mestre do meu quotidiano foste sagaz
Aprendiza fui na passagem do tempo!
quarta-feira, 20 de abril de 2011
domingo, 17 de abril de 2011
Não sou pra todos. (Caio Fernando Abreu)
Não sou pra todos.
Gosto muito do meu mundinho.
Ele é cheio de surpresas,
palavras soltas e cores misturadas.
Às vezes tem um céu azul, outras tempestade.
Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos.
Mas não cabe muita gente.
Todas as pessoas que estão dentro
dele não estão por acaso.
São necessárias.
Gosto muito do meu mundinho.
Ele é cheio de surpresas,
palavras soltas e cores misturadas.
Às vezes tem um céu azul, outras tempestade.
Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos.
Mas não cabe muita gente.
Todas as pessoas que estão dentro
dele não estão por acaso.
São necessárias.
sábado, 16 de abril de 2011
Murmúrio (Cecília Meireles)
Traze-me um pouco das
sombras serenas
que as nuvens transportam
por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
-vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da
alvura dos luares
que a noite sustenta
no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua
lembrança, aroma perdido,
saudade da flor!
- Vê que nem te digo-
-esperança!
- Vê que nem sequer
sonho - amor!
sombras serenas
que as nuvens transportam
por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
-vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da
alvura dos luares
que a noite sustenta
no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua
lembrança, aroma perdido,
saudade da flor!
- Vê que nem te digo-
-esperança!
- Vê que nem sequer
sonho - amor!
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Ser Mulher. (Carmen Cintra)
Ser mulher não é ter nas formas de escultura,
No traço do perfil, no corpo fascinante,
A beleza que um dia o tempo transfigura
E um olhar deslumbrado atrai a cada instante.
Ser mulher não é só ter a graça empolgante,
O feitiço absorvente, a lascívia e a ternura;
Ser mulher não é ter na carne provocante
A volúpia infernal que arrasta e desfigura...
Ser mulher é ter na alma essa imortal beleza
De quem sabe pensar com toda a sutileza
E no próprio ideal rara virtude alcança...
É ter, simples e pura, os sentimentos francos...
E, ainda no fulgor dos seus cabelos brancos,
Sonhar como mulher, sentir como criança!
No traço do perfil, no corpo fascinante,
A beleza que um dia o tempo transfigura
E um olhar deslumbrado atrai a cada instante.
Ser mulher não é só ter a graça empolgante,
O feitiço absorvente, a lascívia e a ternura;
Ser mulher não é ter na carne provocante
A volúpia infernal que arrasta e desfigura...
Ser mulher é ter na alma essa imortal beleza
De quem sabe pensar com toda a sutileza
E no próprio ideal rara virtude alcança...
É ter, simples e pura, os sentimentos francos...
E, ainda no fulgor dos seus cabelos brancos,
Sonhar como mulher, sentir como criança!
terça-feira, 12 de abril de 2011
Que eu nunca perca. (Arnalda Rabelo)
Que eu nunca perca a paixão
ao ver o dia acordar
sorrindo para mim.
Que essa paixão me mova
rumo aos meus sonhos.
Que eu compreenda que
nasci para plantar flores
e espalhar Cores.
E se por alguma razão,
em algum momento
eu não puder fazê-lo,
que eu compreenda que saber
receber, e saber silenciar
também são virtudes.
ao ver o dia acordar
sorrindo para mim.
Que essa paixão me mova
rumo aos meus sonhos.
Que eu compreenda que
nasci para plantar flores
e espalhar Cores.
E se por alguma razão,
em algum momento
eu não puder fazê-lo,
que eu compreenda que saber
receber, e saber silenciar
também são virtudes.
domingo, 10 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Tristeza (Deise de Macedo)
Estou muito triste com a violência que houve no colégio.
Hoje a tarde passando pelo colégio que tem no meu
bairro, vi meninas e meninos conversando e pensei nos que se foram.
Quantos sonhos meu Deus, quantos sonhos que foram soprados ao vento,
quantas famílias marcadas pelo resto a vida pelas mãos de um psicopata,
mas também me pergunto porque tanta violência neste mundo de tanta beleza.
Sei que Deus sabe de todas as coisas, então que fique nas mãos dele.
Ao longo... (Graça Pires)
Ao longo dos anos conservei
uma inesperada tristeza reflectida
em meus olhos cor da sede.
Pedra a pedra, casa a casa,
sombra a sombra vagueio
pelas sensações e aguardo
que se repitam os sonhos
que resistiram à violência do tempo.
Podia escrever com sangue
o instante, sem amparo,
onde reclinei a cabeça
para aguardar a morte
dos desejos.
uma inesperada tristeza reflectida
em meus olhos cor da sede.
Pedra a pedra, casa a casa,
sombra a sombra vagueio
pelas sensações e aguardo
que se repitam os sonhos
que resistiram à violência do tempo.
Podia escrever com sangue
o instante, sem amparo,
onde reclinei a cabeça
para aguardar a morte
dos desejos.
terça-feira, 5 de abril de 2011
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Singularidade (Priscila Rôde)
Não deixei de amar. Nunca deixo.
Muito pelo contrário: aprendi a amar
todas as coisas bobas que desabrochamno meio do caminho.
Coisas que ficam, fazem poesias,
pregam surpresas nos dias e que nunca,
nunca vão embora.
Essas singularidades desmedidas
que acreditam que mesmo assim pequenina,
a dor também vem para colaborar com a permanência
de outras, também coisas.
Porque as minhas mãos não conseguem tocar o mundo sozinhas
quando os olhos (que ainda são os mesmos) mudam as lentes
e preparam novos horizontes, novos mares e voos...
Sou do tempo do: navegar é mais do que preciso apesar da escassez
das ondas e dos eventuais bons pensamentos que esquecemos de soprar.
domingo, 3 de abril de 2011
Segredo (OA.S - blog Oceano Azul Sonhos)
Gotas prateadas de chuva no meu rosto,
cobrem de água as minhas lembranças mais distantes.
O céu cinza, parece dizer-me em sussurro
o que a vida me ocultou.
Tento desvendar memórias que teimam em permanecer
dissimuladas no revolto mistério da vida.
Recordo ou apenas quero esquecer.
Insisto na presença das marcas, agora
quase sumidas, no livro impresso dos sentimentos vividos.
A água gélida cai sobre mim.
A minha alma enaltece quando o segredo se revela.
sábado, 2 de abril de 2011
Entre mim e a vida. (Fernando Pessoa)
uma ponte partida...
Só os meus sonhos passam
por ela...
Às vezes na aragem vêm de
outra margem
Aromas a uma realidade bela;
Mas só sonhando atravesso o brando
Rio e me encontro a viver e crer...
Se olho bem, vejo - pobre desejo! -
Partida a ponte para Viver...
E então memoro num choro
Uma vida antiga que nunca tive
Em que era inteira a ponte inteira...
E eu podia ir para onde se vive
E então me invade uma saudade
Dum misterioso passado meu
Em que houvesse tido um
outro sentido
Que me falta pra ser, não sei como...EU..
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Surpreendida (Maria Valadas)
Surpreendida!
Abro o cofre do tempo.
E, com as minhas mãos lerdas
revolvo o que ele esconde
figurou um pergaminho amarelecido.
Recordo em cascatas de amargura
o significado de tamanha brancura.
Oh! Se o meu pensamento falasse
o que puderia suceder se eu revelasse
Dilvugaria secretas palavras
Que apaguei!
E não revelei!
Nem aos sóis e ás luas que se sucederam
Momentos de imagens... decorreram
Na minha ténue embriaguês enobreceram
O que ambos sentimos...
Ficou sumido no meu e seu sofrer.
Ah! O inverno está a cessar
O frio do mármorre por mim passou
Mas não terminaram
As recordações...
Que me trouxeram o velho pergaminho
empalidecido e humedecido
com as lágrimas que verti sobre ele!
O significado que ele reprentou
E porque assim ficou...
Só o meu coração guardou.
Abro o cofre do tempo.
E, com as minhas mãos lerdas
revolvo o que ele esconde
figurou um pergaminho amarelecido.
Recordo em cascatas de amargura
o significado de tamanha brancura.
Oh! Se o meu pensamento falasse
o que puderia suceder se eu revelasse
Dilvugaria secretas palavras
Que apaguei!
E não revelei!
Nem aos sóis e ás luas que se sucederam
Momentos de imagens... decorreram
Na minha ténue embriaguês enobreceram
O que ambos sentimos...
Ficou sumido no meu e seu sofrer.
Ah! O inverno está a cessar
O frio do mármorre por mim passou
Mas não terminaram
As recordações...
Que me trouxeram o velho pergaminho
empalidecido e humedecido
com as lágrimas que verti sobre ele!
O significado que ele reprentou
E porque assim ficou...
Só o meu coração guardou.
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