segunda-feira, 4 de abril de 2011

Singularidade (Priscila Rôde)


Não deixei de amar. Nunca deixo.
Muito pelo contrário: aprendi a amar
todas as coisas bobas que desabrocham
no meio do caminho.

Coisas que ficam, fazem poesias,
pregam surpresas nos dias e que nunca,
nunca vão embora.

Essas singularidades desmedidas
que acreditam que mesmo assim pequenina,
a dor também vem para colaborar com a permanência
de outras, também coisas.

Porque as minhas mãos não conseguem tocar o mundo sozinhas
quando os olhos (que ainda são os mesmos) mudam as lentes
e preparam novos horizontes, novos mares e voos...

Sou do tempo do: navegar é mais do que preciso apesar da escassez
das ondas e dos eventuais bons pensamentos que esquecemos de soprar.

Um comentário :

  1. Vai-se aprendendo a amar, mesmo que esse amar seja feito de sonhos e recordações...

    obrigada Deise pelo carinho deixado hoje no meu humilde canto.
    um beijinho carinhoso.
    OA.S

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