sexta-feira, 1 de abril de 2011

Surpreendida (Maria Valadas)

Surpreendida!
Abro o cofre do tempo.
E, com as minhas mãos lerdas
revolvo o que ele esconde
figurou um pergaminho amarelecido.
Recordo em cascatas de amargura
o significado de tamanha brancura.
Oh! Se o meu pensamento falasse
o que puderia suceder se eu revelasse
Dilvugaria secretas palavras
Que apaguei!
E não revelei!
Nem aos sóis e ás luas que se sucederam
Momentos de imagens... decorreram
Na minha ténue embriaguês enobreceram
O que ambos sentimos...
Ficou sumido no meu e seu sofrer.
Ah! O inverno está a cessar
O frio do mármorre por mim passou
Mas não terminaram
As recordações...
Que me trouxeram o velho pergaminho
empalidecido e humedecido
com as lágrimas que verti sobre ele!

O significado que ele reprentou
E porque assim ficou...
Só o meu coração guardou.

Um comentário :

  1. Ah, o cofre do tempo...quanta lembrança..mas é tão bom quando vamos lá e no nosso canto, sozinhos, ficamos sentindo, apenas sentindo...
    beijos
    OA.S

    ResponderExcluir